História

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sábado, 24 de outubro de 2015

Conjuração Baiana

Também conhecida como Revolta dos Alfaiates ou Revolução dos Búzios, foi um dos vários movimentos emancipacionistas do século XVIII. Intelectuais e comerciantes da Bahia organizaram um golpe para tornar a região independente, mas o levante foi desmontado pelo governo. Diferentemente de outras contestações do período, dela participaram todos os grupos sociais, inclusive escravos e libertos. Dezenas de pessoas foram presas, mas apenas quatro homens – todos negros – foram condenados.

Em 8 de novembro de 1799, quatro homens foram enforcados e esquartejados em praça pública na cidade de Salvador. Condenados por conspirarem contra a Coroa de Portugal, os alfaiates João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino dos Santos Lira, e os soldados Lucas Dantas de Amorim Torres e Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga participaram do movimento que ficou conhecido como Conjuração Baiana, ou Conjuração dos Alfaiates. Era o fim de um processo deflagrado no ano anterior, quando, em 12 de agosto, a população de Salvador fora convocada, por panfletos afixados em locais públicos da cidade, para uma “revolução” que instituiria uma “república democrática” no Brasil. A documentação sugere que a composição social da Conjuração Baiana de 1798 ficou circunscrita às médias e baixas camadas daquela sociedade desde os primeiros momentos do inquérito. No entanto, denúncias sobre a participação de homens ricos e poderosos no movimento chegaram a Lisboa, mas não foram adiante. Os homens de posses ofereceram à Justiça alguns de seus escravos, como se eles fossem, junto com outros suspeitos já arrolados, os únicos participantes da conspiração, permitindo que seus senhores saíssem ilesos da investigação.


REFERÊNCIAS:
Africa e Brasil. Revista Nova Escola. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/consciencia-negra/africa-brasil/luta-no-brasil.shtml Acesso em: 20\08\15.

O preço da Liberdade. Revista de História da Biblioteca Nacional. Disponível em: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos-revista/o-preco-da-liberdade Acesso em 20\08\15.

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